Eric Schmidt, presidente do conselho de administração do Google, estima
que haverá mais de 1 bilhão de aparelhos móveis equipados com o software
Android em todo o mundo no prazo de um ano, intensificando uma batalha
contra a Apple que ele descreveu como "a disputa que definirá o setor".
Schmidt afirmou que já existem quatro vezes mais aparelhos acionados
pelo Android –smartphones e tablets fabricados por companhias como a
Samsung – do que pelo sistema operacional iOS, da Apple, e que a escala
da batalha entre as duas empresas não tem precedentes.
"Nunca vimos disputas competitivas dessa escala", disse ele em
entrevista ao blog de tecnologia “AllThingsDigital”, na quarta-feira
(10), em Nova York. Google e Apple no passado foram parceiros bem
próximos, e Schmidt fez parte do conselho da Apple durante parte do
período em que serviu como presidente-executivo do Google.
Mas a ligação entre as duas empresas se desgastou com a ascensão do
sistema operacional Android para aparelhos móveis, que hoje lidera o
mercado de smartphones e se tornou ameaça direta aos lucrativos negócios
da Apple com o iPhone e o iPad.
Com o aquecimento da concorrência entre as duas companhias, a Apple vem
agindo para reduzir sua dependência quanto a produtos do Google, e
removeu o aplicativo do YouTube de lista de aplicativos pré-instalados
na nova versão do iPhone. Também substituiu o software de mapas do
Google por um produto próprio no iPhone.
Mas a incursão da Apple ao segmento de mapas não vem transcorrendo com
facilidade. O presidente-executivo da Apple, Tim Cook, se viu forçado a
fazer um pedido público de desculpas, no começo do mês, diante de
queixas quanto a erros geográficos e lacunas gritantes de informação no
produto baseado em dados da TomTom, produtora holandesa de sistemas de
navegação e mapas digitais.
"O que a Apple aprendeu é que o mapeamento é um campo muito difícil",
disse Schmidt. "Investimos centenas de milhões de dólares em trabalho
com satélites, mapeamento aéreo, mapeamento por veículos, para termos
mapas precisos". Ele ressaltou que as duas empresas de tecnologia
estavam "sempre em comunicação uma com a outra".
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